Homem ao mar!

Quem defende a vida, ama a natureza! - esta é a frase mais forte que Paulo Portas encontrou para justificar a nomeação de Nobre Guedes para ministro do ambiente. Não precisava. O povo sente que entrando Nobre Guedes, o ambiente logo se torna "chic" e mais "in". Sentimos isso na sua magistratura superior no conselho da dita. Telmo Correia especializou-se na promoção de viagens a destinos ideológicos duvidosos e é por isso e muito legitimamente ministro do turismo de um dia de verão, de preferência na quinta do lago.
Estes dois casos são dos que têm mais piada, logo a seguir ao Santana, promotor de missa simbólica e visita guiada ao cemitério, no primeiro dia de papel de primeiro! Benza-o Deus! que ele já esqueceu como é que se faz!
E há o problema da cultura que foi feita em cacos de Roseta para ser património à altura da tia Bustorff.

Eu não acho que um professor ou um pedagogo ou um cientista da educação, etc seja forçosamente melhor ministro da educação que outro qualquer cidadão politico que se interesse pelo tema e sobre ele (sobre o sistema educativo) tenha trabalhado e produzido opinião politica. Mas acho que é muito difícil defender a ministra da anacom. Sabemos que andou nas escolas e talvez conheça uma ou outra criança a frequentar um colégio deste reino unido por um primeiro mais ungido que indigitado. Ungido por Durao e indigitado por Sampaio!

Não há educação que resista a tanta falta de educação. Porque brincar aos ministros é falta de educação, estamos à espera que nos provem que isto das nomeações de Santana não foi uma brincadeira de mau gosto. Tem de haver alguma lógica nisto.

O que mais me intrigou nesta semana que passou foi o pedido de benefício da dúvida para o governo. Ora eu, não tenho nada além de dúvidas a respeito do dito. Podem contar as minhas dúvidas todas se isso melhorar a média do benefício.

O que me conforta é a "criação" segundo Santana. Para criar um homem é necessário barro e sopro divino. Para criar um ministro, basta que o sopro de Santana toque o nada.

[o aveiro; 22/07/2004]

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a árvore em que tropeçamos