sair de casa

eu saio de casa para ir em redor da casa sempre pelas mesmas ruas, cumprindo rotinas que não sei de onde vêm e são por isso não rotinas. espero as pessoas que quero ver todos os dias no outro passeio que não o meu e aproximando-se pela minha frente ou sej am sentido contrário ao meu. as pessoas que eu quero ver nem as conheeço e elas nem sabem que eu existo, simplesmente me cruzo com elas e elas sorriem ao meu assobio que varia muito dependendo das música s que vou ouvindo e sobre alguns temas conhecidos a partir dos quais são os assobios improvisados. para mim, basta-me as pessoas que passam em sentido contrário ao meu e sem me reconhecerem. esta rotina permite-me caminha depressa e não parar. às vezes um conhecido trava-me e tece considerações sobre a música, o tempo e a família e eu disparo disparates como se precisasse de falar muito que é uma forma de não ouvir o que ainda não sei por ser actual ou que não quero saber de novo. há dias em que penso mesmo que sou feliz e já ouvi pessoas que me conhecem há muitos anos garantir que eu sou um tipo muito feliz e de bem com a vida. assobio a isso.

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a árvore em que tropeçamos