Os passos reencontrados, de Carlos Marques Queirós

Desenho 12


O José Carlos Soares lembrou-me dois livros que estimo. Um deles, Escrever é um engano de Carlos Saraiva Pinto, já o tenho numa gaveta da escrivaninha. E que bom que era se o Carlos Marques Queirós deixasse abrir uma nova gaveta de luz com Os Passos Reencontrados



os filólogos preferem os primeiros rebentos
das rosas, os meses do outono, os corações
repletos, mas ele vê no trabalho da plaina
as aparas e suspeita do sorriso das rosas.

não sobra integridade. todas as tábuas
irão por sobre a borda. o seu ofício é
de topógrafo, deixar as marcas na sua criação
que a hostilidade desenhou lá fora.


livros de poesia

OS PASSOS REENCONTRADOS - Carlos Marques Queirós, na ASA

ESCREVER FOI UM ENGANO - Carlos Saraiva Pinto, nO Correio dos Navios... e na página do arsélio.


verdadeiramente anti-light, apesar de nos inundarem de luz... e de sombra.

Flores de papel

Desenho 11





Acabei de saber que finalmente saíu em papel o Areia de Same de José Carlos Soares.



Solta um bando
um sono de meninas
branco. Parado

brinco e deixo
que demore
o que da queda

é sombra. Deixo que devore
a descarnada relva filosófica.


Didáctica do Alemão

Na sexta feira passada, fui assistir a uma dissertação sobre a opacidade (lexical?) do alemão, como língua, para os aprendentes (porque falarão assim?). Parece que temos um primeiro mestre em didáctica do Alemão. Parabéns ao novo mestre. Para além do que aprendi, ainda desenhei algumas coisas no caderninho de colo.

Desenho 10 - opaco para não se saber quem é tirolês.





Desenho sem Lynce

Desenho 9 - da minha antiguidade





Algumas cenas da vida íntima do governo podem ser confrangedoras. Não gostei coisa alguma de ver e saber o que se pode passar com os acessos ao ensino superior e, menos que tudo, gostei de tomar conhecimento das manobras internas que se aceitavam ao liceu francês que, em vez de utilizarem notas certificadas pela frança, se utilizavam notas atribuídas segundo regras internas (que não correspondiam às notas certificadas pelas autoridades). O ministro do ensino superior sempre me pareceu um parolo(talvez pela maneira de falar e por algumas tolices verbais (a conjugação do verbo haver não lhe era familiar) que não o ajudavam a ser ministro). Mas parece-me desagradável que uma crise de governo acabe com o sacrifício do único lynce que eu podia ver em liberdade. Dispensar o ministro da lyncenciaturas é um erro. Ganharam os ecologistas que há muito se revoltavam contra a exploração do Lynce no cativeiro do governo. Mas custa-me. Passo a ver o lynce muito menos vezes.