Achas para a fogueira

Há fogueiras que devem manter-se acesas enquanto a noite for fria.
Rui Baptista, homem de amor e ócio e de Aveiro, passou pel'O lado esquerdo e deixou recado.

Falou da Ana S. Lopes, a mulher que escreveu que o aborto de que se fala não é só um problema de consciência, é também ou principalmente(?) um problema da lei, e lembrou-me o artigo -- Embirrações e Bom Senso que o Rui Baptista escreveu num dia da semana passada. Enquanto o tio passeia o seu ódio inteligente (como eu o compreendo!) pelos economistas, um economista, que toma conta da economia intelegível, acrescenta-nos dados para olhar o problema da IVG. Para ler, claro!

Boa dica!

Dicas para a memória na passagem.

Aconselho vivamente o texto de Ana Sá Lopes O Debate, da última página do Público. Porque sim.
E ver o que desenha Maitena -- na Pública -- sobre as mulheres

E o texto do A. Barreto - Ainda as escutas , sobre direitos humanos entre o que cada um sente e o que o Estado pode sobre cada um. Tratra-se de assunto essencial da democracia, mesmo quando não parece.
E todos os que escrevem sobre escutas daqui, dali e de todo o mundo, ... na ONU, por exemplo.
E a entrevista de Alexandra Lucas Coelho a J. Cutileiro sobre o Iraque, os senhores da guerra, a diplomacia, a mentira, etc.

E o que é o bartoon de hoje , artigo do meu cronista social preferido - luis afonso.

A. Fernandes lembrou-me que tenho em casa um livro da biblioteca da escola, que já devia ter sido devolvido. O livro de puyg adam sobre geometria projectiva olha para mim pedindo que o leia. Sem sucesso, tenho de reconhecer. Tinha sido esquecido, estando mesmo a olhar para mim todos os dias, como culpa e remorso. E, no entanto, ele vale mais do que os outros afazeres e tudo o que gasta o meu tempo. Mais me valera ler o livro do que os jornais.

Hei-de ver chegar o tempo em que me dedique (a todo o tempo) aos livros por ler e passe sem ler jornais? Porque tornar a vida no acidente do dia de hoje, 29 de Fevereiro - público, diário de notícias, expresso, ... ? Isto dos jornais passa e, em cada dia, torno-me o arrependido do meu dia de ontem.

Os dias que passam a correr

É bom escrever alguma coisa a 29 de Fevereiro. É coisa rara só por isso. Devia mesmo procurar um livro de poemas escrito a soluços, garantidamente só em anos bissextos. E nada melhor do que concentrar isso a 29 de Fevereiro. Escrever os bissex(t)os da vida deve ser uma vitória. Com a vantagem de poder descansar verdadeiramente entre cada poema ou texto ou pintura ou desastre. A vida nos bissextos. A vida num dia exclusivamente bissexto. Sacrificar a vida toda ao descanso para garantir um produção gloriosa e bissexta.
Daqui para diante, se acabar o meu relatório hoje, a 29 de Fevereiro, começo poupar-me para o próximo dia 29 de Fevereiro. Só a qualidade do que for esse longínquo dia passa a interessar-me. Dou de barato todos os outros dias dos próximos anos para que esse dia acorde luminoso, cheio de harmonia criativa, capaz da revolução, capaz de ser capaz. Posso esquecer-me mesmo de mim e das minhas óbvias e visíveis fraquezas no resto dos dias. Sofro menos com tal projecto de vida e talvez até dure mais. Só sobra um problema: e se eu me esquecer do que ando a preparar, do que me espera e para que me estou a guardar. Então toda a minha vida seria inútil, exactamente como é hoje.

o que não era para ser feito

Quando não consigo dar conta dos meus recados, dou por mim a fazer outras coisas que não têm tempo e podem não ter qualquer utilidade aparente. Umas vezes desenho o desconforto, que é o que faço na maior parte das reuniões. Outras, adormeço à espera de nova tentativa que dê frutos. Hoje decidi vaguear por alguns “blogs” e até acrescentar ligações à medida que os ia descobrindo.


não devia enviar isto à Raquel, mas não fiz outra coisa.



A ave e as asas: aveiro e o lado esquerdo

Raramente sinto necessidade de me explicar. Penso sempre que não sou objecto de curiosidade ou estudo. Muito menos o que escrevo ou deixo de escrever. Penso que pouca gente lê o que escrevo. Mas para evitar ideias erradas, embora bem intencionadas vale a pena explicar a origem dos títulos "O lado esquerdo" e "aveiro.blogspot.com".

O blog "o lado esquerdo" é nome herdado de alguma coisa que escreveu Carlos de Oliveira (em "Sobre o lado esquerdo"?) e que, se a memória não me atraiçoa, dizia-me ( a mim que o lia!) que me deitasse sobre o lado esquerdo se quisesse esmagar o coração. O título tem mais a ver com a poesia do que com a política. Mas já houve quem atribuísse a "o lado esquerdo" a representação oficial ou oficiosa do Bloco de Esquerda em Aveiro. Não é verdade.

E o endereço url - aveiro.blogspot.com – só tem a ver com o motivo proximo por que foi criado. Numa dada altura, o meus "G4 titanium - mac" de serviço abandonou-me com o correio às voltas. Uma das minhas obrigações era o envio semanal de uma crónica para "o aveiro". Para não ter problemas com mensagens perdidas e por não estar sempre no mesmo sítio e à mão de semear, abri o "blog" mais como depósito de crónicas de "o aveiro" que outra coisa. Só por isso, foi registado com aquele nome. Aveiro como endereço tem mais a ver com o semanário que esperava que eu escrevesse, mesmo quando contrariado, do que com a cidade ou o que nela se passa. É a vida.


Espero ter esclarecido os nomes "O lado esquerdo" e "Aveiro".

Como prevenção aos que possam esperar de mim respostas sistemáticas a críticas sobre o que escrevo, aproveito para denunciar a minha fraqueza na vontade de ir a guerras, que não travo, em torno das minhas próprias opiniões que não são mais do que isso. Salvo raras excepções, a exposição das diversas opiniões conrtraditórias permite a formação de juízos por quem lê.


E, já agora, aproveito para me disponibilizar a ajudar à resolução de algum problema que haja entre “macs” e “blogs”.

E aproveito para confessar que tenho a opinião que vinga em aviz , que leio, a respeito do trabalho de Paulo Querido e do weblog.pt. Eu cheguei mesmo a tentar migrar, mas houve uma grande quantidade de problemas com caracteres e, sem tempo para os enfrentar, abandonei a ideia. Um dia, hei-de voltar a ela.