Firmino Mendes - Soneto
SONETO PARA ESTE MINISTÉRIO
Ó crapuloides tonsos desitantes
Artimigos tropálios desancantos
Par rivistas pervértidos acantos
Tomatoides arcansos arfestantes
Ó micustatas cãs de resinantos
Putéfias fientas e lepantes
Ó abastardos micos porcalhantes
Escolossos daláquas desorantes
Se houbordar infumo morativo
Neuscapitel morfeito desabundo
Apuntunga fitanga desamundo
Ah hei ah hei putango pilharundo
Filhostero lixoide e instalido
Sarjetário de brai e merdestido
Firmino Mendes, fevereiro 2015
Ó crapuloides tonsos desitantes
Artimigos tropálios desancantos
Par rivistas pervértidos acantos
Tomatoides arcansos arfestantes
Ó micustatas cãs de resinantos
Putéfias fientas e lepantes
Ó abastardos micos porcalhantes
Escolossos daláquas desorantes
Se houbordar infumo morativo
Neuscapitel morfeito desabundo
Apuntunga fitanga desamundo
Ah hei ah hei putango pilharundo
Filhostero lixoide e instalido
Sarjetário de brai e merdestido
Firmino Mendes, fevereiro 2015
Firmino Mendes: Também eu sou Charlie
Também eu sou Charlie
Matem-me! Eu também tenho
marcadores, lápis, canetas
Também sei usar a cor das
trovoadas
Apaguei deuses e dogmas do
meu suor
Bani as sombras e os sofismas
Aboli a infâmia do meu coração
Chamei os bárbaros para a mesa
da democracia, da tolerância e da
laicidade
Responderam-me com poções
mágicas, benzeduras e venenos de
deuses
Matem-me agora na mesa quente
dos desenhos e cartunes
onde a arte toca o sangue
Também quero pertencer ao gesto
que riscou as cavernas
Firmino Mendes
Lisboa, 08.01.2015
"Pamelia Kurstin: Theremin, the untouchable music"
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