Firmino Mendes: Também eu sou Charlie
Também eu sou Charlie
Matem-me! Eu também tenho
marcadores, lápis, canetas
Também sei usar a cor das
trovoadas
Apaguei deuses e dogmas do
meu suor
Bani as sombras e os sofismas
Aboli a infâmia do meu coração
Chamei os bárbaros para a mesa
da democracia, da tolerância e da
laicidade
Responderam-me com poções
mágicas, benzeduras e venenos de
deuses
Matem-me agora na mesa quente
dos desenhos e cartunes
onde a arte toca o sangue
Também quero pertencer ao gesto
que riscou as cavernas
Firmino Mendes
Lisboa, 08.01.2015
"Pamelia Kurstin: Theremin, the untouchable music"
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Re: Mensagens
Quando posso escrevesses com a mais perdido de quanto …. No dia 06/07/2024, às 10:23, Arselio Martins <arselio@gmail.com> escreveu: M...
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Quando posso escrevesses com a mais perdido de quanto …. No dia 06/07/2024, às 10:23, Arselio Martins <arselio@gmail.com> escreveu: M...


