Não aprendi as orações a ler. Aprendi a ouvir - isso posso estabelecer como facto. Não me lembro de ter lido as orações e também não me lembro de as ter escrito. As orações vieram antes da escrita e da leitura? Sim e não. O que é certo é que as orações e as canções que perduraram na minha memória são falas impressivas ditas para uma multidão e repetidas pela multidão enquanto aprendia a ser mais um na multidão. E tenho de confessar que não era o sentido ou significado das frases ouvidas e depois ditas que me mobilizaram para saber e repetir, ou seja, para rezar. De certo modo eu aprendi a forma, o molde para ser comum, um entre outros como parte de alguma multidão munida de uma fé que não pede compreensão individual e consegue adesão, ... fisicamente tanto quanto me lembro. Que razão me movia? Não procurava razão para estar entre a minha gente.
Isto serve para várias outras aprendizagens e práticas que posso identificar em épocas diversas da vida.
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