quem vai morrer por um partido?
ainda recentemente fui atropelado por alguém que me escreveu, partilhando alguma coisa que alguém teria escrito sobre alguém que teria morrido por um partido ou movimento. que não pode ser invocado nem como exercício de memória por quem não milite no partido herdeiro - eis a ideia pesada como uma camião carregado de burros e descomandado que não respeita a minha passadeira.
tenho de confessar que nunca me passou pela cabeça morrer por um partido ou pensar que alguém possa ter morrido por um partido. acho possível que alguém enfrente a morte num combate por uma ideia ou por um ideal ou porque sim, sendo nessa altura militante de um partido onde se juntaram provisoriamente pessoas que lhe parecesse partilhar do mesmo ideal ou do mesmo porque sim, contra um sistema do porque não matar quem não pensa dentro do sistema de poder.
olho sempre para os partidos como organizações circunstanciais que não se confundem com os fins que temos em vista. espreitemos pela janela da história para vermos como as organizações, tal como ontem as conhecemos, ou são outras ou foram desfeitas em pó e poeira na memória das pessoas que se dispersaram na busca de uma mesma linha de horizonte de ontem ou mudando de linhs e de horizonte.
poucos são os fiapos da minha memória sobre o que penso e deixei de pensar e nenhum sobre uma fé cega que tenha tido em cada um dos partidos em que militei perseguindo uma mesma ideia e a liberdade de poder ser um, igual e diferente, entre outros. e dou por mim a pensar que para além das ideias que abraço, abraço pessoas. não imagino sequer como se abraça um partido, mesmo quando partidarizo.
e partidarizo muito, porque, por causa das minhas ideias tenho sempre muito cuidado nas escolhas em cada tempo. ao escolher um partido dou um passo em frente por vontade própria, mas não aceito ser escolhido para ser tolhido nos meus passos e passeios pela liberdade para as pessoas todas e para as pequeninas ideias que me iluminam a vida. partidos há muitos, mas ideias e ideais que me guiem são tão poucas.
ideias há muitas, as que me iluminam são aquelas poucas que não são minhas, porque não descansam na rotina dos dias e, na voragem dos dias, continuando a ser meus amigos os que mudaram de ideias, tenho de voltar a procurar novos amigos. sempre.
não, não morri de amores. nem fui morto em combate por amor a pessoas ou organizações. romântico que sou, preferia ser morto por amor e devoção a uma ou mais pessoas e nunca ser mártir de um partido. conscientemente vivo ou morto.
tenho de confessar que nunca me passou pela cabeça morrer por um partido ou pensar que alguém possa ter morrido por um partido. acho possível que alguém enfrente a morte num combate por uma ideia ou por um ideal ou porque sim, sendo nessa altura militante de um partido onde se juntaram provisoriamente pessoas que lhe parecesse partilhar do mesmo ideal ou do mesmo porque sim, contra um sistema do porque não matar quem não pensa dentro do sistema de poder.
olho sempre para os partidos como organizações circunstanciais que não se confundem com os fins que temos em vista. espreitemos pela janela da história para vermos como as organizações, tal como ontem as conhecemos, ou são outras ou foram desfeitas em pó e poeira na memória das pessoas que se dispersaram na busca de uma mesma linha de horizonte de ontem ou mudando de linhs e de horizonte.
poucos são os fiapos da minha memória sobre o que penso e deixei de pensar e nenhum sobre uma fé cega que tenha tido em cada um dos partidos em que militei perseguindo uma mesma ideia e a liberdade de poder ser um, igual e diferente, entre outros. e dou por mim a pensar que para além das ideias que abraço, abraço pessoas. não imagino sequer como se abraça um partido, mesmo quando partidarizo.
e partidarizo muito, porque, por causa das minhas ideias tenho sempre muito cuidado nas escolhas em cada tempo. ao escolher um partido dou um passo em frente por vontade própria, mas não aceito ser escolhido para ser tolhido nos meus passos e passeios pela liberdade para as pessoas todas e para as pequeninas ideias que me iluminam a vida. partidos há muitos, mas ideias e ideais que me guiem são tão poucas.
ideias há muitas, as que me iluminam são aquelas poucas que não são minhas, porque não descansam na rotina dos dias e, na voragem dos dias, continuando a ser meus amigos os que mudaram de ideias, tenho de voltar a procurar novos amigos. sempre.
não, não morri de amores. nem fui morto em combate por amor a pessoas ou organizações. romântico que sou, preferia ser morto por amor e devoção a uma ou mais pessoas e nunca ser mártir de um partido. conscientemente vivo ou morto.
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