as portas



ao fundo, a casa do alto vento abriga uma fogueira de caçadores espreitando o rio, como quem espreita a serpente que vem de espanha onde nasceu e onde deixa os ovos.
vimos passar as luzidias escamas do seu dorso a caminho da cabeça, a nossa, essa que nos envenena cada vez que nos morde e nos beija com a língua bífida da ibéria ocidental.

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