o frio do dia
não falas comigo ou sou eu que te não ouço
à distância que edificaste como muro e muralha?
não falas comigo porque os anos te pesam hoje
mais que ontem quando travávamos desejo e batalha?
escreve-me uma carta: escreve pela tua mão
o desamor que te faz mudar de passeio ao ver-me
ou leva-me de volta às regueiras dos montes
por uma mão que aprenda, ruga a ruga, a ler-me.
verás que o tempo passou mais e menos do que devia
por mim longos anos quando por ti não mais que um dia.
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