A ave caída está cega e não pisca os olhos;
olhando-a me parece que ela não dorme.
Será que por ser  cega lhe cresce a fome?
Como posso eu não piscar os olhos enquanto me desvio
se fascinado sinto o bater da asa do seu desejo como arrepio?
A correr fujo de medo.  Mais alto que o seu agoirento pio
solto dos velhos pulmões o último fôlego ... num assobio.
 
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