Se um homem arrasta a sua cabeça penosamente
Das suas ruas olha com amargura não mais que o chão.
Pudesse ele levantar os olhos e daria pela compreensão
Nos olhos compassivos da demais gente!
Mas não! que cabeça pesada não desespera por afiados gumes
Ao modo obcecado de quem se sabe culpado ainda que inocente?
E se apura os seus ouvidos às abstractas farpas, em brandos lumes
Deixa fritar a elegância do pensamento e faz-se boçal como penitente.
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