de costas voltadas




viraste-me as costas e já não sei que face é a tua
ou como te seguras ainda de pé depois de tantos dias e noites
sem te teres sentado

tudo porque não queres ver-me embora fiques aí mesmo (sinto-te!)
ao alcance da ternura da minha mão
caso pudesse virar-me e a minha mão não fosse insensível
como a tua

feita de pedra.

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