elegância da pequenez

Há crianças tão leves que ao tropeçar nas borboletas
ficam a pairar no ar e, por longos momentos, antes de cair
sentem que a realidade se imobiliza e sustém a respiração.

E há mulheres tão finas que passam entre os pingos de chuva.
Como juncos, abrem asas aos braços do vento e voam. Entristecem
ao perder de vista as fitas dos chapéus que pesam para o chão.

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