Os nossos governantes actuais que são muitos dos mesmos do passado andam a dizer que é preocupante o actual sistema de avaliação dos professores porque não distingue os bons profissionais dos menos bons e nem sequer dos maus profissionais. Eu inclino-me para pensar que eles têm razão quando falam. Mas não acredito neles. Porquê?
É fácil adivinhar. Fui dirigente de uma escola durante muitos anos. E, sem trair a lealdade a que me obrigo como funcionário público, posso garantir que um ministro atribuíu a classificação de excelente professor do ensino secundário a um funcionário público que não era professor do ensino secundário nos termos que a lei exigia para ser considerado excelente professor do ensino secundário. Prerrogativa de ministro? Talvez legal. Legítima? Eticamente reprovável, digo eu, até porque desautorizou os pareceres necessários dos dirigentes, sem dar cavaco às tropas. [Um ex-ministro socialista diz que a ética é a lei (que ele fez e ele a ele aplica....)]
É fácil adivinhar poque é que eu não posso confiar nos melhores de entre eles.
Há quem faça greve como luta. Há quem faça greve por luto. Há quem faça greve por nojo. Por nojo, mesmo.
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