16

Era uma vez uma palavra que estava sentada à porta de casa quando passou um rato. Bela palavra diz o rato. Como ia com mutia pressa deu-lhe umas dentadas e engoliu-a. Mal. A palavra ficou-lhe atravessada na garganta. Então os dentes começaram-lhe a crescer para dentro.

[Ana Hatherly. 463 tisanas. Quimera.]

5 comentários:

Jaime Carvalho e Silva disse...

E qual era essa palavra? A palavra "dezasseis"? Lá vão dizer outra vez que o que aconteceu ao pobre do gato é culpa da Matemática... :-)

adealmeida disse...

As 463 tisanas estão numeradas - essa é a 16ª!.
(A primeira publicação só tinha 39 e eu perdia-me, tão jovem eu era!, na leitura dos pensamentos do porco rosalina ou em volta do porco rosalina. Este porco tem reaparecido na minha memória sugerido por personagens que se cruzaram comigo, mas eu tenho resistido a partilhar o porco rosalina com estranhos - talvez com medo que pensem em algum porco conhecido :-? Também há gato, claro! Mas neste caso só entra um rato.)

Anónimo disse...

o porco rosalina nunca nos abandonou, arsélio!

kid

adealmeida disse...

valha-nos o porco!

Anónimo disse...

Porco!
Porco?
Qual porco?
Qual quê!

GEOMETRIA : A curva do ingénuo revisitado (geogebra)

GEOMETRIA : A curva do ingénuo revisitado (geogebra) : Revisitamos "31 de Janeiro de 2005" de entrada ligada a texto de setembro ...