raremente escrevo sobre algum assunto que deseperte o interesse de muita gente nem o interesse de pouca gente que seja importante nem sirva para alimentar algum diz que disse que valha a pena seguir nos dias imediatos a ter sido escrito.
também raramente escrevo sobre os assuntos importantes ou ajudo à discussão de assuntos importantes com as frases importantes para a circunstância dos assuntos importantes e fico sempre nas margens da importância.
de facto, eu gostava de ser o verso em branco de uma página com uma linha que me tivesse marcado e a mais ninguém até eu ficar convertido a ser a página seguinte do verso irrepetível mas desconhecido por todos os anos do resto da minha vida.
raramente penso na minha vida como a página em branco que ela é para continuar a ser uma oportunidade perdida por mim e por ter escolhido uma forma simples de ser feliz não sendo coisa alguma mais que olhos capazes de ver o invisível ar quando ele passa por perto e se ri com aquelas gargalhadas que nem eu ouço.
1 comentário:
mesmo não pensando nisso, a vida não deixa de ser uma página em branco, que vamos escrevendo à medida que, a partir de alguma idade e gradualmente, também nos vamos escrevendo a nós próprios (ou, pelo menos, assim, suponho que será);
as oportunidades só são perdidas se realmente as desejávamos;
«ver o invisível ar» é dos pontos mais importantes (e mai-lindos!) de que poderia ser feita a sua linha-verso em branco!
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