é tarde

da boca para fora a palavra
coça no lugar da ferida
como uma demão de álcool
pinta a parede em carne viva

e um nó na garganta fecha o colar precioso
esse fio de cólera que desce do pescoço
até se perder entre os seios

como uma dor sem mãos.

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pelos olhos dos dedos

já não sei há quantos anos estava eu em Elvas e aceitei mais um que fui