em busca do tempo passado


Um homem dava o braço a uma mulher e insistia em mostrar-lhe onde tinha feito a tropa. Mas não lembrava bem o caminho nem o nome do seu regimento. Ouvia dizer que tudo tinha acabado ou estava prestes a acabar. De qualquer modo, o que ele via hoje não era o que tinha visto há 40, 50 ou mais anos atrás e estava perdido, tanto para si como para a mulher que, sem querer, começava a duvidar de todas as histórias de tropa fandanga e juventudo que ele lhe contara.
Confirmei todas as mudanças e guiei a sua memória até ao parque e ao quartel, confirmando que os dois quartéis jão não albergavam tropas e que, se ele queria ver onde tinha sido jovem militar, tinha feito bem em voltar agora. Ainda vinha a tempo de ver a guarita de onde espreitara ... o quê?
O que se via então daquela guarita? O que teria ele visto?

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pelos olhos dos dedos

já não sei há quantos anos estava eu em Elvas e aceitei mais um que fui