adormecemos com a cabeça dobrada para trás como se equilibrássemos a barriga quando funambulamos
pelo lume da navalha esticado entre as orelhas de um abismo verdadeiro
por um fio de mar incendiado a seguir a um derrame de naufrágio de destroços humanos
pela aresta de vidro aguçada num acidente de esquina moída ou roída por dentro só pode ter sido que quem estava da rua a ver a montra não deu por nada
pela linha do horizonte que é a eternidade sempre desigual a si mesma para um e outro lado sem nome talvez variável ou incógnita não sabemos
pela linha das costas
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