habituado que estou ao outro que no espelho
parece estar a espreitar para ver
me em tudo igual a este verme velho
demorei a perceber porque nunca olho nos olhos:
não pode ser medo do que vejo talvez seja medo
de ver o que outros vêem pelos meus olhos
ou medo do que eu possa ver pelos olhos dos olhos
que espreito detrás dos vidros da janela
Sem comentários:
Enviar um comentário