uma manhã

rezo as matinas.

a quem levanto a voz? é a pergunta breve
que me ocorre tão sussurrada como o são as matinas
no seu silêncio vazio que as faz tão leves

até, sem ganhar asas, voarem livres de peso
atraídas por um farrapo de azul

ou por uma mão cheia de nada, a eterna
realidade que, sem o ser, persiste
sem ser alegre e sem ser triste

1 comentário:

© Maria Manuel disse...

gostei muito de ler estes seus poemas.

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