de bolso e de pulso também não
mas vou coleccionando relógios baratos
máquinas elementares tão perecíveis
quanto o são as pilhas de origem.
Ao lado da cama, relógios parados
e marcando horas diferentes
tornam-se montras estáticas
das horas em que fui abandonado
por cada uma das pilhas.
O tempo que passou
nunca foi para aqui chamado.
Só sei que por escrever a palavra tempo
repetidamente
me vai aparecer um anúncio
de .
ou outro conforme instruções à máquina.
Algum algoritmo e não o acaso
nem o fado dita a escolha.
Acaso o que escrevo será fado.
1 comentário:
Aplaudo de pé!!!
Um poema/happening que sem este meio seria impossível!!!
Digno de Godel, Escher e Bach!!!
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