Vi como ela olhava a laranja. Ouvi a insistência como ela chamava a minha atenção para a laranja de duas faces, ao mesmo tempo que garantia fotografias da laranja. Durante alguns minutos vi a laranja preparar-se para ser múmia no museu dos olhos amorosos dela. Saí por momentos do lugar de culto da laranja.
Quando voltei, a laranja estava cortada no prato. É deliciosa, disse ela.
Não há amor maior!
Mas dei pelo fio de sangue no canto da boca. Talvez seja um enxerto de toranja sanguínea - justificou-se.
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