de algum passado para algum presente?

estamos aqui a olhar para nossos postais que provavelmente não enviámos a quem sinto não espera receber coisa alguma.

e eu? que sei eu do que fiz e agora vejo?

ontem passaram por mim versos em bando

filigranas de letras unidas esvoaçando.


e eu confesso que nem reparei como era bela

a moça de cabelos presos pelo poema

na tocaia de ser quem lhe soltassse os cabelos

e entrando dentro dos seus olhos à janela

pudesse ver-me assim distraído e triste poeta

infeliz 

que só pensa em formas eficazes de

desentupir a sanita.


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