não me abandones antes de ter encontrado
o silêncio de ouro
que é o que sobra como tesouro
das histórias inteiras que fazem o nosso fado
a guitarra que só depois de ter o visto
e o ouvido vestido
deixa marca escrita no areal do rosto pelo mar varrido
uma mancha das palavras com que eu me visto
para descrever-te o instantâneo a revelação
final numa câmara escura
onde registas o teu sonho de aventura
e eu vejo a tua alegria como redenção
e, se puderes, sussurra-me o segredo
do teu riso
e eu nunca mais volte ao meu perfeito juízo
de onde devia afinal ter saído muito mais cedo
Sem comentários:
Enviar um comentário