de que me lembro, em chamas, os dias



Há semanas velozes. Esta semana, para além da minha vidinha, dei comigo a reunir com os pais dos estudantes que trabalham comigo e também com os pais de crianças do agrupamento de válega, perto de ovar. Há encontros em que me sinto em casa. Quando dou por mim, estou perdido em meio de conversas onde se cruzam desesperos de desemprego e insegurança, brinquedos de crianças e formas de aprender, apoios sociais, e... alegria, muita alegria jocosa temperada por castanhas e jeropiga. Não tenho pressa de voltar ao mundo dos sérios salvadores do mundo, porque é mais ou menos por ali que me posso salvar a mim mesmo. Noite magnífica, abençoada cavalgada pelas estradas, ainda que perdido na escuridão das novas estradas. (Que fiquem assim escuras! para que pulsemos com um céu polvilhado de luzeiros longínquos, que nenhum ministro queira inaugurar naquele troço, em que me perdi numa solidão magnífica e medonha, os candeeiros que apagam o céu).
No dia a seguir, subi ao calvário. IP5 e uma assistência que o não queria ser por ter desistido da matemática ou de tudo. Não foi a primeira vez que fui a Seia. Quem me convidou a lá ir talvez não tenha culpa e uma parte da sensação de desespero nesta ida e volta da vida venha de mim mesmo. Já me aconteceu ter assistências contra, mas pronta para algum tipo de luta. O tempo passou por mim e foi um soco que ao passar me deixou oco. O oco é uma falta insuportável.

E, em vez de outra coisa qualquer, a semana acaba com mais uma reunião de sábado. Hoje, sobra uma lentidão de um zigue-zague alquebrado.

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