onde?


subi até aquele buraco na encosta escondido por não ter falado disso com ninguém.
e por lá me deixei ficar, dormente, até ter a certeza que ninguém dá pela minha falta e ninguém me procura
até me convencer que não vale a pena procurar migalha de pão no saco, restos em lata de atum, uma folha de papel. também é verdade que começava a custar-me fazer a ginástica de ir ao buraco ao lado para todas as necessidades. a minha descida pela noite começou logo após ter desabado uma tempestade de lágrimas sobre o papel que embrulhara o último quadradinho de chocolate.

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