das ruas, a mais bela, a nossa


a beleza das ruas é a nossa beleza

a primitiva forma lembramos como era sem a forma
do que agora é não era mais que um desenho ou um desejo
a cor da vida que veio morar em nossa casa
tem hoje idade e boca para o outono do beijo

para darmos graças ao arquitecto de então agora
pelo detalhe das cores impressas no ar
por esta instantânea felicidade no lugar e hora
da ave que ensaia num bater de asas o nosso olhar

a beleza da nossa rua está ao nosso espelho

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pelos olhos dos dedos

já não sei há quantos anos estava eu em Elvas e aceitei mais um que fui