o telhado de vidro


olhamos para o rectângulo tão limitado
e tão aberto
que podemos imaginar como é fora dele,
olhar para cima e para baixo,
para a direita e para a esquerda

sem cuidarmos de saber onde começa
nem onde acaba
a multidão de telhas

que importa saber quantas
se vemos como são tantas
e vão encaixadas
de mãos dadas

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pelos olhos dos dedos

já não sei há quantos anos estava eu em Elvas e aceitei mais um que fui