Há crianças tão leves que tropeçam nas borboletas
E caem. Pairando no ar por  momentos
Como uma realidade que sustém a respiração.

Há mulheres tão finas que passam entre os pingos de chuva
E caem.  Como juncos levados pelos ventos
E são as fitas do chapéu que pesam para o chão.

Há homens tão grosseiros  e belos feitos estátuas de cal
E caem.  Pesadamente caem  como braços do arado
Na paisagem  lavrada pelos dedos de uma mão. 

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