Por estes dias... a verdade a esconder-se

Há uns dias atrás, no Público on-line, lia-se a promessa de Passos Coelho de no futuro próximo não ir colocar no aparelho de estado o pessoal do costume, reconhecendo ao mesmo tempo que o PSD usou o estado para empregar muita da sua gente, sempre que ocupou o cadeirão do poder. Até pode ser um propósito firme de emenda.
No Público de hoje, ...escreve-se na página 6 do caderno principal que ... o socialista João Cravinho disse ontem que a administração pública está “infiltradíssima por lobbies e clientelas responsáveis pela corrupção do Estado”, defendendo, por isso, que “é necessário despartidarizá-la”. Falando no encontro Pensar Portugal, em Vila Real, o ex-ministro socialista disse que os partidos têm um comportamento que não permite às pessoas terem grande esperança, porque as suas intervenções não se dirigem à resolução dos problemas. O Estado, segundo Cravinho, está capturado por interesses. Por isso, considerou, tem de haver “transparência” na administração pública para que não haja “compadrios, soluções duvidosas e protecção de determinados interesses à custa dos interesses de todos”. Para Cravinho, é “urgente” que a Constituição garanta uma administração pública transparente.Mas, frisou, “para isso não basta haver uma lei que depois ninguém cumpre ou cumpre mal”. Segundo o ex-ministro, a insustentabilidade das finanças públicas é reflexo da falta de competitividade e crescimento e, se este problema não se resolver, Portugal terá sempre “finanças públicas reprimidas e em muito mau estado”. Temos a certeza que João Cravinho sabe do que fala.


Passos Coelho, cujo currículo é prenhe de competências reconhecidas, em período eleitoral para o poder do estado de sítio, reconhece que o seu partido PSD funcionou como agência de emprego e malfeitorias contra o Estado. João Cravinho, ex-ministro do PS e nomeado para... por..., reconhece que o aparelho de estado está infiltradíssimo sem falar do partido socialista e falando de todos os partidos. De facto, estas duas notícias garantem-nos só e muito simplesmente que tudo se resume a crimes do PS e do PSD.

Os outros partidos, que não o PS e o PSD, fizeram alguma infiltração?

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