o poeta escreve,
o céu
sem uma gota
de terra.
o pintor mistura, com muitos cuidados,
as colas, os vernizes, os axis,
as folhas, as raizes e a terra.
despeja a sua mistura numa tela.
e, com os seus dedos sujos e os pincéis dos seus cabelos,
espera um mpomento do céu até que,
exausto,
adormece sobre a tela.
o céu torna-se o eterno instante
em que o pintor descansa
coberto de terra,
raízes, folhas,
azuis,vernizes, colas,
cuidados.
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