Sem outro objetivo que não fosse respeitar/depositar (um registo) as minhas desorganizadas reflexões, leituras e divagações feitas antes e depois da aposentação. O envelhecimento de todos nós e a morte de alguns amigos, especialmente José António Moreira que era a voz, a música escolhida, o alinhamento e a realização (seja isso o que for), a gravação de vários programas de rádio, e mais tarde podcasts", mudaram-me já que me lembraram que eu não tinha feito qualquer depósitos dessas divagações escritas ao longo dos anos nem tinha organizado qualquer depósito disso e os guardadores desse rebanho de ideias começavam a desaparecer.
Os programas de rádio tinham emissora
- Radio Independente de Aveiro com José António Moreira e os programas também:
- "Dedo no Ar" (educação) - 3 séries - vários anos;
- "Golpe de Estado" (clandestino, de que não sobrou mais que um papel com um desenho e a ideia de ser tão improvisado como a vida é até ter falecido precocemente);
- "Aldeia Global" (textos gravados com as vozes das crianças André Moreira e João Martins e escolhidos, traduzidos e escritos por mim como responsável na escola do projeto Apple Global Education) "Círculo Virtuoso" (ainda tenho de verificar o que seriam os textos, escritos por mim seguramente na totalidade ou em parte
- "Sons da Escrita" de longa duração e da responsabilidade exclusiva de JAM de divulgação da literatura especialmente a poética e sobreviveu como o primeiro podcast desta face europeia;
- "PreTextos" (diário das minhas divagações, em que foram integrados textos de André Moreira e, penso eu, de José António Moreira quando a minha vida andava enredada em outros eixos: projetos de formação intensiva, associativos ou políticos)
- Rádio Oceano (?) com o programa
- "Feira do Livro" temos escolhidos, escritos e ditos por mim e pela Manuela Seiça Neves com apoio técnico de Francisco Vaz da Silva que também tinham feito parte do círculo virtuoso do Dedo no Ar.
Tinha e tenho problemas de memória com a escrita para a rádio que não foi guardada e muito menos organizada em lado algum a não ser em memórias que já não podem ajudar. Eu costumo dizer que escrevi para ser ouvido (lido, gravado, radiodifundido no tempo em foi escrito e nada mais). Já não posso ter esperança na minha capacidade de organização e memória. Por isso, e à medida que reencontro papeis (partes dos discos e dos sites não são legíveis porque são velhos ou foram fechados por quem, não sendo dono dos conteúdos, tinha meios e autoridade(?) para fechar). E eu sou um distraído da minha vida. Misturados com coisas de ontem e de hoje, sem querer saber se já estão guardados em algum sítio, mantive
- o blog GEOMETRIA
- e o mooodle AS GEOMETRIAS feito de restos e memórias que foram dinâmicas e talvez ainda sejam, exercícios elementares
E criei outros lugares onde guardo, como restos de memória persistente, alguns textos de ontem e de hoje em artigos e páginas à medida das guinadas de memória, encontros com papéis e com livros e pessoas. Aqui estão alguns (url):