que pátria é a dos "portriotas"?

Os biquinhos delicodoces do nosso primeiro ao falar dos nossos compatriotas em missão no Iraque são deliciosas imagens a proclamar uma inocência infantil na defesa da paz. Os apelos delicodoces para a união de todos no apoio à intervenção portuguesa no Iraque, com menção ao aval das Nações Unidas, foram deliciosos cantos de sereia no chuveiro.
Sabe-se que agora que nem Portugal foi tido ou achado nos acordos feitos e que o governo português não se preocupa coisa alguma com o aval das Nações Unidas. Basta ler o texto dos acordos dos Ministérios da Defesa e da Administração Interna com o Reino Unido que o Público divulgou hoje: Defesa e Administração Interna Negociaram em Londres Acordo Secreto Sobre as Condições da GNR no Iraque , para sabermos que Portugal não existe como estado nos conifdenciais memorandos de entendimento deste nosso governo formado por lacaios de potências estrangeiras.

Ninguém nos salva da vergonha de nos sabermos representados por quem não tem pátria ( "No "Memorando de Entendimento" (MOU) confidencial assinado a 10 de Outubro, para a participação da Guarda Nacional Republicana (GNR) na "Força de Estabilização no Iraque" (IZSFOR), Portugal é o único país a não ser referido como Estado, mas como "ministério da Administração Interna do Governo de Portugal". Todos os outros países sem excepção - Dinamarca, Holanda, Itália, Lituânia, Noruega, Nova Zelândia, República Checa e Roménia são apresentados como Estado: Reino ou República." )

Ler este destaque e os com ele relacionados, dá-nos uma ideia da baixa política e da capacidade de mentir dos nossos responsáveis que escondem os seus verdadeiros propósitos e objectivos sob variadíssimas capas de verniz (ou hipocrisia?). Já não há verniz que preste - estoira todas as semanas. Não seria melhor que estoirasse de vez? Não seria melhor que … despissem os seus vestidos de fantasia, tirassem a máscara e se mostrassem em todo o seu esplendor? O que nos revela o Memorando de Entendimento secreto?

Marinão

A boa notícia é que o projecto da Marina da Barra recebeu um chumbo. A má notícia é que a última palavra, se houver recurso da empresa promotora ( e vai haver, não é?) cabe ao ministro Amílcar Theias que é tudo menos independente face ao promotor da coisa. Um artigo do "Independente" levanta esse conflito de interesses. Pode ler essa notícia - Marina da Barra -, publicada em GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental . Vale a pena seguir com atenção os movimentos dos promotores da coisa e apoiar os movimentos contra a coisa. Particularmente, vale a pena seguir a polémica que está estabelecida entre os responsáveis autárquicos de Ílhavo e Aveiro.

O Pato Donald

António Aurélio Fernandes recomenda a leitura de O Pato Donald, de Fernando Rosas que vem no "Público" da véspera de Natal.
Quem não recomenda?

Recomendações de hoje

O "Público" de hoje traz vários artigos que recomendo vivamente:

- um sobre as fugas ao fisco, seu descontrole e incapacidade dos tribunais - O Sr Vitor Santos -, editorial de Eduardo Dâmaso;

- de Teresa Sousa, O País das senhas ;

- de José Vitor Malheiros, Contra o aborto ;

- de Eduardo Prado Coelho, Para que servem as universidades? ;

- e, finalmente, de Vital Moreira, A Democracia Incompleta .

as duas pastas

Trago sempre duas pastas dentífricas dentro da pasta onde guardo também alguma roupa interior e lenços de assoar. Nunca me foram úteis a...