Quando te pergunto e tu respondes,
procuro o certo e o errado ou o que escondes?
Eu não quero saber o que é certo ou o que é errado
nem quero virar o ar dos sons para vibrar por outro lado
Sou eu quem se desfaz em tinta vermelha verdadeira
chorando sangue sobre a tua resposta azul certeira
a não esperada
ou a não desejada
ou o contrário de tudo ... que é nada.
o homem que não aprendeu a nadar.
- estes anos já cá cantam !
é ele quem o diz, quando olha para o tempo que passou, e diz também:
- só tenho pena de não ter aprendido a nadar. mas não tive iniciativa!
para continuar:
- de resto só tenho pena de ter tido a iniciativa para o resto das coisas da vida, de tal modo que não sei, por exemplo, se há alguém que goste de mim. nunca houve quem tomasse a iniciativa e me dissesse
- eu gosto de ti, desejo-te, amo-te!
ou coisa assim. sei agora, a olhar para trás que fui eu quem andou a insistir que é o mesmo que ter andado a mendigar amor, amizade, etc.
provavelmente ninguém gosta de mim e só conheço quem cedeu às minhas insistências para não ter de me aturar a tristeza e não ser capaz de me desprezar.
- só tenho pena de não ter aprendido a nadar!
é ele quem o diz.
e eu penso que ele o diz porque não precisa realmente de ter vontade para se afogar. basta deixar-se cair.
- estes anos já cá cantam!
é ele quem o diz, como se os dias e os anos tivessem caído do nada para nada.
é ele quem o diz, quando olha para o tempo que passou, e diz também:
- só tenho pena de não ter aprendido a nadar. mas não tive iniciativa!
para continuar:
- de resto só tenho pena de ter tido a iniciativa para o resto das coisas da vida, de tal modo que não sei, por exemplo, se há alguém que goste de mim. nunca houve quem tomasse a iniciativa e me dissesse
- eu gosto de ti, desejo-te, amo-te!
ou coisa assim. sei agora, a olhar para trás que fui eu quem andou a insistir que é o mesmo que ter andado a mendigar amor, amizade, etc.
provavelmente ninguém gosta de mim e só conheço quem cedeu às minhas insistências para não ter de me aturar a tristeza e não ser capaz de me desprezar.
- só tenho pena de não ter aprendido a nadar!
é ele quem o diz.
e eu penso que ele o diz porque não precisa realmente de ter vontade para se afogar. basta deixar-se cair.
- estes anos já cá cantam!
é ele quem o diz, como se os dias e os anos tivessem caído do nada para nada.
Diz a lenda sobre Lîlavatî
Diz a lenda que Lîlavatî era o nome da filha de Bhâskara, a quem, ao nascer, as estrelas, pela boca de um astrólogo, predisseram a condenação (?) de ficar solteira toda a vida.
Um dia Lîlavatî foi pedida em casamento por um jovem de Dravira, honesto, trabalhador e de boa casta. Fixou-se com grande júbilo a data da boda e marcou-se a hora no cilindro que tinha um pequeno orifício na base e estava aberto na sua parte superior. O cilindro introduzia-se num vaso cheio de água e o nível desta, enquanto subia, marcava as horas na sua superfície interior. No dia assinalado para a boda, Bhâskara colocou cuidadosamente o cilindro marcado no vaso cheio de água. Lîlavatî, curiosa, debruçou-se para espreitar a subida do nível de água e nesse momento uma pérola do seu colar caíu dentro sem que alguém desse por isso. Com tal má sorte que a pérola obstruíu o orifício e o dia passou sem que a hora da boda tivesse sido assinalada pelo nível da água. Assim se cumpriu o sortilégio e Lîlavatî ficou solteira para sempre.
Foi então que seu pai se propôs escrever um livro que sobrevivesse à desejada descendência da sua querida filha.
Lîlavatî, de Bhâskara, é o livro que sobreviveu a Lîlavatî.
Esta é a resposta atrasada ao comentário de André Carvalho sobre o problema 55 de Bhâskara que o André Moreira prontamente resolveu, cedendo ao romantismo histórico dos matemáticos.
Um dia Lîlavatî foi pedida em casamento por um jovem de Dravira, honesto, trabalhador e de boa casta. Fixou-se com grande júbilo a data da boda e marcou-se a hora no cilindro que tinha um pequeno orifício na base e estava aberto na sua parte superior. O cilindro introduzia-se num vaso cheio de água e o nível desta, enquanto subia, marcava as horas na sua superfície interior. No dia assinalado para a boda, Bhâskara colocou cuidadosamente o cilindro marcado no vaso cheio de água. Lîlavatî, curiosa, debruçou-se para espreitar a subida do nível de água e nesse momento uma pérola do seu colar caíu dentro sem que alguém desse por isso. Com tal má sorte que a pérola obstruíu o orifício e o dia passou sem que a hora da boda tivesse sido assinalada pelo nível da água. Assim se cumpriu o sortilégio e Lîlavatî ficou solteira para sempre.
Foi então que seu pai se propôs escrever um livro que sobrevivesse à desejada descendência da sua querida filha.
Lîlavatî, de Bhâskara, é o livro que sobreviveu a Lîlavatî.
Esta é a resposta atrasada ao comentário de André Carvalho sobre o problema 55 de Bhâskara que o André Moreira prontamente resolveu, cedendo ao romantismo histórico dos matemáticos.
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