Tu és a erva e a terra, a direcção
quando alguém atravessa descalço
um campo lavrado.
Por ti pus o meu avental vermelho
e inclino-me agora nesta fonte
muda mergulhada no seio dos montes:
sei que de repente
- o meio-dia encher-se-á com os gritos
dos seus tintilhões -
o teu rosto brotará
no espelho sereno, junto ao meu.
A. Pozzi (Albano Martins)
de uma carta de J. C. Soares
Sem comentários:
Enviar um comentário