e chegar a casa

2 comentários:

Anónimo disse...

Parece que já chegaste a casa (ao CCAP) muito antes de teres olhado para cima...
Mais uma desilusão de quem te admirava!

Anónimo disse...

Escrevo-lhe mais uma vez, Professor Arsélio.

Quando o senhor ganhou o Prémio de Excelência, fiquei verdadeiramente contente.
Senti-me orgulhosa. De ter sido o senhor, de ter sido um professor do meu liceu, por ser de Aveiro. Eu adoro Aveiro, apesar da distância. E o su prémio soube-me à ria, soube-me à avenida, soube-me á luz da nossa cidade que é única e não existe em mais lugar nenhum do mundo.
Soube-me à humidade no ar que só quem é daí e regressa consegue cheirar.
Soube-me a casa. O melhor professor do país morava comigo.

Escrevi-lhe no outro dia sobre a culpa. Vejo esta culpa como uma questão geracional e julguei ter percebido isso quando disse que era de todos nós. Mas eu não consigo incluir-me nos "nós".
Eu tinha 5 anos no 25 de Abril, como posso ter culpa?
Posso ser culpada de muita coisa, mas a responsabilidade no que está aí, essa não assumo porque não a sinto.

Soube-se agora que o senhor foi convidado para integrar a CC.

Só me resta desejar-lhe, do fundo do coração, a realização de um bom trabalho. Só me resta desejar-lhe, do fundo do coração, coragem e força para enfrentar a tempestade.
E quando regressar de Lisboa com a cabeça e a alma atormentadas, faça o IP5 até lá ao fundo ( se for de carro), comece a olhar para a ria, veja-a espalhar-se, para a Barra e São Jacinto e Murtosa, entre pelo Rossio e, prometo-lhe, juro-lhe que o peito enche-se de um ar único, respira melhor, oxigena o corpo, os olhos , o sangue e a alma ganha luz. E tudo para trás parece mentira.

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