quando o que procura é ... sexo.
A mulher finge em relação ao sexo,
quando o que procura é ... amor !!"
(Enrique Rojas)
É? - respondo eu.
(Enrique Rojas)
E eu voltei para onde? Ao rio amargurado
prenderam-no entre as barrragens
de picote a miranda e entre as altas margens.
Pelas escarpas a pulso subi até ter asas aragem e voar
até ser incapaz de mergulhar e ficar preso ao céu aberto
quando saímos do lugar murado pelo nosso olhar
e não nos lembramos do caminho do regresso
ou não voltamos ou voltamos mas sem memória
e os nossos olhos não são portas por onde passar.
Dou por mim a desenhar caras partidas em duas metades nada simétricas. Ou são duas caras que tentam falar uma com a outra? Não tenho forças nem vontade para partir a cara de quem quer que seja. Mas dá que pensar. ¿ Que raio de reuniões são estas? Por onde ando, os dedos riscam até tudo ser escuro e as pessoas ou são tristes ou são duplas. Ou são vidas duplas e... é, por isso, que não são parecidas com quem quer que seja. Nem comigo? Não me sinto bem.
Há desenhos que ficam perdidos. A folha está lá, mas deixámos de a ver
como uma falha de sentido. Até que um dia ela sustém o vôo até ser vista.
Então, como verso na folha, escrevemos nome e morada. E colamos-lhe um valor
para a viagem. Nervosos, enfiamos a frente e o verso na fenda escura do futuro.
Para que ela vá pelo rio do esquecimento acima e fecunde o longe até ser perto.
de perna traçada
a mulher sentada
e cabeça na lua
não vê sol nem solidão
ali mesmo à mão
ao cimo da rua